Na primeira metade dos anos sessenta, Edu abriu o caminho para todos nós, a segunda geração da bossa nova. Aos vinte anos ele já compunha com Vinicius, era gravado por Nara, cantava na noite carioca. Eu morava em São Paulo e me apaixonei por teatro, especialmente por música em teatro, assistindo não sei quantas vezes ao Arena conta Zumbi. Também tive vontade de ser Edu Lobo de colete vermelho, na capa do disco da Elenco.
Só inauguramos a parceria muito tempo depois. Edu tem sido o meu parceiro mais constante por causa dos projetos de balé e teatro que nos envolvemos. Mas talvez esses projetos fossem apenas um pretexto para compormos juntos. Tenho orgulho de ser parceiro de Edu. Tenho a alegria de ser amigo dele. Talvez essas parcerias sejam apenas um pretexto para nos encontrarmos de vez em quando.
Adoro todas as letras que escrevi para as canções do Edu. Isso eu digo assim modestamente porque, acredito, as letras se parecem mais com ele que comigo. E Edu é um letrista tão exigente e rigoroso quanto o é com sua música.